Antes da fama, quando só tinha uma música própria no repertório, Anitta viajou em uma van irregular, passou fome, foi vaiada e pegou carona em um caminhão na sua primeira apresentação em São Paulo. Os perrengues foram contados em detalhes no “Que história é essa, Porchat” (Globo).
Anitta havia sido contratada para cantar em um baile da capital e as dificuldades começaram antes da viagem, quando ela e a mãe perceberam que o motorista não sabia dirigir a van e “treinou” um pouco antes do percurso.
“Demoramos praticamente 12 horas para chegar em São Paulo”, ela contou. Além disso, o motorista errou a entrada, o que levou o grupo a chegar ao baile no meio da madrugada, para irritação do público.
O camarim era precário e tinha baratas. No baile, o CD com a única música dela “Eu vou ficar”, estava riscado e a apresentação falhou em todas as tentativas.
A cantora disse que, nessa época, tinha muita vergonha de falar com o público, decorava frases e ficou sem jeito diante do fracasso da apresentação.
“O povo começou a me vaiar”, lembrou. “Desculpa galera, agora vai, né DJ”, ela dizia. A falha aconteceu várias vezes, para constrangimento dela.
Anitta contou que, além das vaias, o público jogou objetos no palco e ela encerrou o show.
Na volta para Irajá, bairro da zona norte do Rio, o perrengue continuou. A van foi parada pela Polícia Federal e ficou retida. Motivo: o veículo e o motorista não tinham a documentação necessária.
Não havia nada para comer, o sinal de telefone não funcionava e a mãe de Anitta, Miriam Macedo, passou mal. Todos estavam sem dormir, descansar ou tomar banho.
“Ela saiu do Rio com 50 anos e já estava com 70. Só agora, que fiquei rica, é que voltou aos 60”, brincou a cantora sobre a mãe.
Desesperada, Anitta achou que a solução era ir para a beira da rodovia e pedir carona. E foi isso que fez: ela e a mãe voltaram para casa em um caminhão e deixaram os outros passageiros da van para trás.
Tudo isso por um cachê de R$ 300, finalizou a hoje artista internacional milionária.
No programa, a cantora não foi nada modesta ao dizer o deve ser escrito em sua lápide, após a morte: “sortudo foi quem me conheceu”.