Para o bem ou para o mal, o futuro do Bahia no Campeonato Brasileiro será definido hoje. O tricolor recebe o Atlético-MG, na Arena Fonte Nova, pela última rodada da competição e tenta evitar uma dramática queda para a Série B um ano após ter conquistado o acesso. A bola rola a partir das 21h30.
Para seguir na Série A em 2024, o clube não depende apenas das próprias forças. A temporada ruim no primeiro ano sob a gestão do Grupo City fez a equipe chegar na última rodada com apenas 41 pontos, na 17ª colocação, dentro da zona de rebaixamento.
Assim, o primeiro passo será pontuar contra o Atlético, depois restará secar Vasco e Santos, equipes que ainda lutam contra a degola. O cenário para o Esquadrão é simples: se vencer os mineiros, precisa que Vasco ou Santos não vençam na rodada: o empate de um dos rivais já serviria. O primeiro recebe o Red Bull Bragantino, em São Januário, enquanto o Peixe pega o Fortaleza, na Vila Belmiro.
Em caso de empate na Fonte Nova, o Bahia só se livra da queda se o Vasco for derrotado. Os dois clubes ficariam empatados com 42 pontos, mas o time baiano leva vantagem no saldo de gols.
Para somar os três pontos e manter a esperança de permanência viva, o tricolor terá que encerrar um jejum, pois não vence em casa há três jogos. A última vitória foi no dia 31 de outubro, 1×0 sobre os reservas do Fluminense. Para piorar, terá pela frente um adversário indigesto.
O Galo é o vice-líder do Brasileirão, com 66 pontos. O rival tem chances remotas de título, mas quer confirmar o segundo lugar para faturar a premiação de R$ 45 milhões. Para o técnico Rogério Ceni, a tendência é a de que o Bahia tenha menos oportunidades de gols do que na derrota para o América-MG, fora de casa, e por isso precisará aproveitar as brechas na partida.
“A bola pode entrar no próximo jogo. Acho que não teremos tantas oportunidades quanto tivemos [contra o América-MG], mas já aproveitamos jogos com menos espaços e concluímos melhor a gol”, analisou.
O treinador mostrou abatimento com o cenário do Bahia, que teve a chance de sair da zona de rebaixamento na última rodada. Mesmo assim, ele garante que vai motivar os atletas e lutará até o último instante para garantir a continuidade do clube na primeira divisão.
“Não sou da área da psicologia. O que posso fazer é incentivar meus atletas, mostrar o melhor caminho para o jogo e cobrar no sentido da melhora. Temos que saber que ainda há a chance de um triunfo e trabalhar em cima dele. Não temos como mudar o estado psicológico em dois dias, temos que tentar conviver com essa derrota e tentar fazer um resultado melhor do que Vasco e Santos”, completou.
DECEPÇÃO
Uma possível queda para a Série B seria a cereja no bolo de frustração amargado pelos tricolores em 2023. A expectativa era completamente diferente após a venda de 90% das ações ao Grupo City e transformação do clube em SAF.
Liderado por Carlos Eduardo Santoro, o departamento de futebol deixou a desejar, acumulou insucessos durante a temporada – como a eliminação na primeira fase da Copa do Nordeste -, e agora pode ver o time que custou mais de R$ 100 milhões terminar entre os quatro piores do campeonato.
VEJA AS PROVÁVEIS ESCALAÇÕES
Bahia: Marcos Felipe, Gilberto, Kanu, Vitor Hugo e Luciano Juba; Rezende, Acevedo, Thaciano e Cauly; Biel e Everaldo. Técnico: Rogério Ceni.
Atlético-MG: Everson, Mariano, Jemerson e Igor Rabello, Guilherme Arana; Otávio, Edenilson, Zaracho, Igor Gomes, Paulinho e Hulk. Técnico: Felipão.
(Correio)