O dono do casarão que abrigou o histórico Hotel Colombo, que desabou pela 2ª vez, no domingo (18), na cidade de Cachoeira, no recôncavo baiano, foi multado em mais de R$ 700 mil após o 1° desabamento do imóvel, em 2019. As informações foram confirmadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
O prédio fica em uma rua próxima à Praça 25 de Junho, local de importância histórica, porque serviu de ponto de encontro para as lutas pela Independência do Brasil na Bahia. Imagens mostram o local completamente destruído.
O prédio foi construído por espanhóis na década de 40 e serviu como cenário do filme Cidade Baixa, que contou com Alice Braga, Lázaro Ramos e Wagner Moura no elenco.
O g1 tenta contato com o dono do imóvel, mas ele não atendeu as ligações.
Os destroços do prédio atingiram três carros que estavam na rua. Ninguém ficou ferido.
Segundo o Iphan, o casarão não é tombado individualmente, mas está inserido em área tombada, o que o coloca na esfera da atuação de fiscalização do instituto. A conservação e manutenção do bem, no entanto, são responsabilidade dos proprietários.
De acordo com o instituto, o imóvel apresentava conservação precária há alguns anos, que culminou no desabamento parcial em janeiro de 2019. Naquele momento, o Iphan fiscalizou o local, notificou o responsável e emitiu um auto de infração.
O processo de fiscalização teve julgamento concluído e gerou multa de R$ 780.632,53 ao proprietário. Com o desabamento completo, o Iphan afirmou que novas medidas serão adotadas para que os responsáveis sejam cobrados.
O Iphan ressaltou que fiscaliza e orienta os proprietários dos locais tombados sobre preservação e manutenção. Afirmou ainda que não é responsável pela manutenção dos locais.
Por meio de nota, a prefeitura de Cachoeira destacou que os proprietários foram notificados repetidas vezes sobre os riscos de desabamento, porém as advertências não foram atendidas.
Ainda na nota, a gestão municipal informou que tomou todas as medidas necessárias, acionando os órgãos competentes como Coelba, Defesa Civil, Guarda Municipal, Corpo de Bombeiros, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), entre outros.
O Corpo de Bombeiros e as polícias Militar e Civil não foram acionados. Já a Neoenergia Coelba afirmou que encaminhou uma equipe de segurança, que iniciou os procedimentos de segurança no local. Os procedimentos realizaram a recomposição da rede elétrica afetada e concluíram o serviço.
(G1)