O CEO e fundador da BuyBye, Evandro Maximiliano, 38, inaugurava uma loja em Alphaville, bairro de condomínios fechados em Barueri e Santana do Parnaíba, na Grande São Paulo, quando um amigo lhe disse: “Esta é a empresa que o Lucas está procurando.”
“Lucas” é o cantor, empresário e influenciador digital Lucas Lucco, 32, e a BuyBye, segundo ele, pode ser a chance de atingir a meta que traçou quando completou 36 anos: chegar a R$ 1 bilhão de patrimônio nos próximos quatro anos.
Ele não sabe dizer quanto falta exatamente, mas, na narrativa de seus assessores, não é muito. Faltariam menos de 30% do total.
Com 25,9 milhões de seguidores em redes sociais, Lucco se tornou famoso em 2013 com seu primeiro hit “`Pra te fazer lembrar”. Virou um dos nomes mais importantes da música sertaneja no país.
“Eu sempre fui empreendedor. O Lucas Lucco cantor não deixa de ser um empreendimento. Meu pai era locutor de rádio no interior de Minas Gerais e vendia anúncios, fazia jingles na hora para os clientes. Com 12 anos, comecei a vender as propagandas também”, se lembra.
O cachê por show custa cerca de R$ 200 mil. Ele chegou a fazer, em média, 25 por mês. Colocou o pé no freio nos últimos tempos e no fina de 2023 anunciou pausa na carreira musical. Teve diagnosticada depressão e transtorno bipolar. “Hoje estou bem”, garante.
Como empresário, Lucco costuma entrar como sócio de uma empresa em que outra pessoa cuida da parte operacional. Foi assim que passou a ser dono da academia Skyfit quando havia apenas uma unidade. Hoje é uma rede com mais de 250.
Também tem participação na Topway (suplementos alimentares), Homenz (serviço de estética masculina), Bike and Fly (estúdio de bike indoor) e agência de marketing, entre outros investimentos.
“Conheci o modelo de supermercado autônomo no condomínio que eu moro em Uberlândia. Comecei a pensar em como poderia usar isso na minha rede de academias, vendendo produtos fitness”, afirma.
Criada em 2020 por Maximiano, a BuyBye nasceu como uma startup de tecnologia. O objetivo foi usar inteligência artificial para controlar consumo, abastecimento e dados sobre o comportamento de compra dos clientes.
A ideia era vender a expertise para redes de supermercado, mas os empresários do setor respondiam sempre a mesma coisa: Maximiano entendia da tecnologia, mas não de varejo.
“Resolvi então ter nossas próprias lojas”, decidiu.