Reynaldo Gianecchini, 51, em entrevista ao O Globo sobre ser protagonista do musical “Priscilla, a rainha do deserto.”
SEXUALIDADE EM PAUTA
“Essa temática sempre me interessa, apesar de um monte de gente me criticar e falar que não represento nenhuma sigla nem nunca fiz nada pela comunidade. As pessoas esquecem que eu já falei que sou pansexual, que já tive romances com homens e mulheres. Dizem: “Por que ele não sai logo do armário?”. O que mais querem? Detalhes da minha vida íntima? Não vão ter.”
“Agora, a liberdade de você ser quem você é e explorar a sua sexualidade sem vergonha, isso tudo uma hora eu senti vontade de falar. É importante, e eu quis comprar essa briga. Eu sou uma das letrinhas da sigla, eu me defino como pansexual. Se é que dá para definir. Dá vontade de não definir nada, sou aberto a tudo.”
O musical é uma adaptação do filme de 1994 que se estabeleceu como um marco da cultura LGBQTIAPN+, com ênfase no movimento artístico das drag queens. A estreia está prevista para junho.
CRÍTICAS AO LONGO DA VIDA
“Se eu fosse ligar mesmo e basear meu trabalho nisso, eu teria parado lá atrás, em “Laços de família” [novela em que estreou]. Eu fico atento ao que as pessoas escrevem, mas vejo a rede social com muito distanciamento. Está difícil, as pessoas estão com o emocional abalado, principalmente desde a pandemia.”
“Quando eu vejo um hater, uma pessoa que entra na minha rede para me achincalhar, isso diz mais respeito a essa pessoa do que a mim. Não posso levar em consideração, é uma coisa tóxica que tem a ver com essa pessoa, com a raiva dela. Acho que o mundo está bem dodói emocionalmente, e a gente também. Faço exercício de sanidade todos os dias.”