O cantor Djavan disse que, se fosse hoje, teria outro posicionamento em relação à publicação de biografias não autorizadas. Há 12 anos, ele ficou ao lado dos artistas do grupo Procure Saber em defesa da exigência de autorização prévia para a comercialização de livros biográficos.
O cantor e compositor alagoano, que acaba de lançar o disco “Improviso”, afirma que, hoje, teria outra postura. “Na época das biografias não autorizadas, meu posicionamento foi voltado ao coletivo, ao que aquele grupo meu, o Procure Saber, pensava.”
Djavan lança disco com faixa feita para Michael Jackson e diz que racismo o fez tímido.
“Mas eu acho que a biografia não autorizada é mais interessante do que a biografia autorizada. É ali onde você pode buscar uma informação mais crua, mais viva -melhor, na minha opinião. Hoje, o meu posicionamento teria sido outro”, ele diz.
Além de Djavan, o Procure Saber tinha como fundadores Caetano Veloso, Chico Buarque, Milton Nascimento, Gilberto Gil e Erasmo Carlos. Sob liderança da presidente e porta-voz do grupo, Paula Lavigne, eles se uniram a Roberto Carlos, que chegou a tirar de circulação obras sobre sua vida.
Na época, Djavan afirmou em nota enviada ao jornal O Globo que “tais biografias, do modo como é hoje, ela, a liberdade de expressão, corre o risco de acolher uma injustiça, à medida em que privilegia o mercado em detrimento do indivíduo; editores e biógrafos ganham fortunas enquanto aos biografados resta o ônus do sofrimento e da indignação”.



