O ex-jogador Robinho, condenado por estupro pela Justiça italiana, foi transferido da Penitenciária II de Tremembé para o Centro de Ressocialização de Limeira, no interior de São Paulo. A mudança ocorreu na manhã desta segunda-feira (17) após um pedido da defesa do custodiado.
Transferência confirmada pela SAP
A SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) confirmou a transferência, mas não divulgou detalhes sobre a decisão que motivou a mudança. As duas unidades prisionais ficam a cerca de 280 km de distância.
A remoção acontece menos de um mês depois de Robinho comentar sua rotina na penitenciária, em entrevista ao Conselho da Comunidade de Taubaté — entidade sem fins lucrativos — na qual afirmou nunca ter recebido tratamento diferenciado no presídio.
Mudança após manifestação da PGR
A transferência também ocorre dias após a Procuradoria-Geral da República se posicionar contra um pedido de soltura apresentado pelos advogados do ex-jogador. A defesa argumenta que o cumprimento da pena no Brasil seria mais longo do que o previsto na sentença original da Justiça italiana. O pedido de habeas corpus ainda aguarda análise do Supremo Tribunal Federal.
De Tremembé a Limeira
A Penitenciária II de Tremembé se tornou conhecida como o “presídio dos famosos” por já ter abrigado detentos como Alexandre Nardoni, Suzane von Richthofen, Roger Abdelmassih e Edinho, filho de Pelé.
Preso desde março de 2024, Robinho conseguiu reduzir 69 dias de sua pena por meio de atividades educacionais, incluindo leitura de livros e participação em aulas.
O UOL tenta contato com a defesa do ex-jogador para esclarecer os motivos da transferência. O espaço segue aberto para manifestação.
Entenda o caso
Robinho foi condenado a nove anos de prisão pela Justiça italiana por estupro coletivo contra uma mulher albanesa em uma boate de Milão, em 2013, período em que defendia o Milan. A condenação se tornou definitiva em janeiro de 2022, quando o ex-atacante já estava no Brasil.
Como o país não extradita seus cidadãos, o governo italiano recorreu ao Superior Tribunal de Justiça para que a pena fosse cumprida em território brasileiro. Em março de 2024, o STJ homologou a sentença, determinando que Robinho cumprisse a pena no sistema prisional do Brasil.
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