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Filho e esposa de Binho Galinha voltam a ser presos; parlamentar é procurado

Oito pessoas foram presas nesta quarta-feira (1º) durante uma operação policial deflagrada em Feira de Santana, no interior da Bahia. Entre os presos estão a esposa e o filho do deputado estadual Kléber Cristian Escolano de Almeida, conhecido como Binho Galinha (PRD), que é considerado foragido. A operação investiga crimes como lavagem de dinheiro, agiotagem, jogo do bicho, receptação qualificada e extorsão.

Mayana Cerqueira da Silva e João Guilherme Cerqueira da Silva Escolano — esposa e filho do parlamentar — já haviam sido presos em 2023, mas foram soltos em abril deste ano. Agora, voltam à prisão por suspeita de continuar atuando no esquema, mesmo após a concessão de medidas cautelares.

De acordo com a Polícia Federal, a operação, batizada de “Estado Anômico”, é um desdobramento da Operação El Patrón, realizada em dezembro de 2023. À época, Binho Galinha foi apontado como líder de uma organização criminosa que atuava há mais de uma década em Feira de Santana e região.

Além das prisões, foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão em imóveis e empresas nas cidades de Feira de Santana, São Gonçalo dos Campos e Salvador. Também foram bloqueados cerca de R$ 9 milhões das contas bancárias dos investigados, e as atividades econômicas de uma empresa ligada ao grupo foram suspensas.

A ação mobilizou 100 policiais, 11 auditores-fiscais e três analistas tributários da Receita Federal. Segundo a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), mesmo sob investigação, o deputado teria continuado a comandar o esquema criminoso por meio de empresas de fachada e laranjas.

Envolvimento da família

As investigações apontam que João Guilherme, filho do deputado, movimentava recursos ilícitos desde a adolescência. Ele teria repassado mais de R$ 470 mil ao pai. Já Mayana Cerqueira apresentava movimentações financeiras incompatíveis com seus rendimentos declarados à Receita Federal, com transações frequentes entre outros suspeitos.

Reviravolta na Justiça

Apesar do avanço das investigações, a Operação El Patrón teve seus efeitos anulados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em junho deste ano. A decisão, do ministro Joel Ilan Paciornik, apontou irregularidades na obtenção de dados sigilosos do Coaf sem autorização judicial. A decisão é passível de recurso, e o Ministério Público pode tentar revertê-la.

Na época, a defesa de Binho Galinha afirmou, em nota, que ele recebeu a decisão com “serenidade e respeito”, reafirmando sua disposição em colaborar com a Justiça.

Mesmo com a anulação da operação anterior, a Polícia Federal afirmou que novas provas foram reunidas, justificando a deflagração da operação atual, que pode levar a penas superiores a 50 anos de prisão, somadas, para os investigados.

Binho Galinha e um outro alvo ainda não identificado são procurados pelas autoridades.

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