O ex-BBB Felipe Prior foi condenado a seis anos de prisão por estupro, resultado de uma denúncia feita em 2020 por uma mulher que se identifica como Themis. O processo corre sob sigilo, mas a informação foi confirmada à Folha por Maira Pinheiro, advogada da vítima.
A Folha de S.Paulo entrou em contato com Prior e seu advogado Rafael Pugliese, na manhã desta segunda-feira (10), por e-mail, mas eles não comentaram a acusação até a publicação desta reportagem. Prior pode recorrer da sentença.
O ex-BBB foi acusado de estupro e tentativa de estupro por três mulheres em 2020, ano em que ficou famoso ao participar do Big Brother Brasil.
Consta na sentença que o estupro teria ocorrido em agosto de 2014 após uma festa de jogos universitários da InterFAU, competição realizada pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, a USP.
Prior teria dado carona para Themis, que estava alcoolizada, depois da festa. Ele teria estacionado numa rua deserta, tirado a própria roupa e introduzido o pênis na vagina da vítima sem usar preservativo. Ainda de acordo com o documento, o ex-BBB fez movimentos agressivos contra a mulher, que teria pedido para ele parar.
“Foi uma sentença muito importante, porque reconheceu o peso da palavra da vítima, das provas que apresentamos e rechaçou a tese da defesa”, afirma Pinheiro, a advogada. “Agora seguiremos na luta para que os outros três processos, relativos a estupros o ocorridos em 2015, 2016 e 2018, também resultem em condenação, o que fará com que a pena dele supere os 24 anos.”