O ator Selton Mello, 51, sempre teve dificuldades para dormir. Segundo ele, uma forma que encontrou para acabar com o problema foi o óleo extraído da cannabis.
“O Rivotril me ajudava com isso. Só que, depois de muitos anos tomando para dormir, isso já estava me incomodando. Pensava assim: ‘Vou ficar sempre dependente desse negócio?'”, começou ele em entrevista à Veja.
“O CBD [canabidiol] me ajudou demais, fui desmamando o Rivotril e entrando com o óleo de CBD para dormir, é uma beleza. Às vezes, de dia, também faz bem num caso de ansiedade ou uma tensão antes de uma estreia, por exemplo”, revelou.
Conforme o relato do ator, “por conta da ignorância, da caretice e do lobby farmacêutico”, muita gente confunde o uso da cannabis com maconha, mas ele reforça. “Não fumo maconha, não gosto. Mas o óleo ajuda para dormir, para dar uma acalmada”, emendou o artista, que completa que se tivesse tido acesso a essa informação antes, talvez sua mãe tivesse sido beneficiada no Alzheimer.
Essa questão da doença na mãe foi uma das coisas que serviram de inspiração para ele escrever o livro de memórias “Eu me Lembro”, lançado no final de 2023.
No ápice da pandemia, em 2020, Selton revirava fotos antigas quando percebeu que estava completando 40 anos como ator. Então, teve a ideia de convidar 40 pessoas para lhe mandar perguntas, que começaram a dar vida ao livro.
Cada capítulo parte das questões enviadas por um participante. Entre os convidados, há figuras consagradas da interpretação, como Nathalia Timberg, Tonico Pereira e Zezé Motta, e atores da mesma geração, como Lázaro Ramos, Matheus Nachtergaele e Rodrigo Santoro. Também estão no projeto nomes admirados por Selton, com os quais não tinha proximidade, como o romancista Jeferson Tenório.