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Anitta diz que certeza de que fosse morrer inspirou ‘Funk Generation’, seu novo álbum

Anitta lançou hoje seu álbum “Funk Generation”, com 15 faixas, todas de funk em português, inglês e espanhol, o que conversa com o anúncio recente de sua primeira turnê mundial, a “Baile Funk Experience”.

Em conversa com a imprensa na tarde desta sexta-feira, a cantora falou sobre ser mulher e cantar funk proibidão. A faixa “Savage Funk” sozinha traz a palavra “fode” mais de 50 vezes”

“Quando essas letras são cantadas por homem, ninguém fala nada, é muito legal. Nunca tem tanta militância quando é um homem fazendo letras assim. Já quando é mulher…”

Anitta falou sofre um momento difícil que viveu em 2022, após o sucesso da faixa “Envolver”, quando a artista diz ter trabalhado demais e descuidado da saúde. Daí, ela diz, surgiu o novo álbum.

“Até hoje não tenho uma explicação do que aconteceu comigo. Tive que fazer exame de câncer, várias coisas, eu tava muito doente. Não sei se foi um vodu que me jogaram. Achei que eu fosse morrer. E eu falei, ‘bom, já que eu vou morrer, vou fazer um álbum que é indiferente se vai fazer sucesso ou não’.”Questionada sobre como seu novo álbum pode inspirar outros funkeiros e jovens das comunidades, Anitta diz que quer inspirar as pessoas a fazerem o que querem.

“Quero inspirar, não só os funkeiros, mas todos os jovens da comunidade a fazerem o que estão afim, a não pensarem, só porque a gente nasceu nesse lugar limitado, que não dá para chegar muito longe, porque dá sim”, ela diz. “Infelizmente tem uma diferença do quão mais que a gente vai ter que se esforçar. Como a gente nasceu sem oportunidade, a gente tem que se esforçar o triplo, porém é possível. A gente tem que esquecer esse lado e focar em fazer acontecer.”

“Quando eu comecei meus amigos estavam sendo presos por fazer funk. Todos estavam indo para cadeia por causa das letras. E aí, você vai chegar nesse momento, onde no Brasil todo mundo tá escutando, está tocando na rádio… eu tive que me enfiar em muita briga com pessoas que mandam, que assinam o cheque, mas não me arrependo, porque tudo isso fez eu chegar onde eu cheguei.”

A cantora diz que tentou evitar ficar apenas nos estereótipos de Rio de Janeiro e favela nos visuais do seu novo álbum, e que seus esforços para mostrar as comunidades além do folclore vão além da sua arte.

“A gente tenta fazer o máximo possível, mas nem tudo ainda estamos conseguindo fazer. Quando alguma revista se interessa, a gente pergunta se não pode vir ver para o Brasil, fotografar, fazer um tour pela cidade, mostrando as raízes de uma escola de samba, eu sempre tento fazer algo assim.”

Buscando essas nuances, Anitta disse que o clipe da música “Aceita”, do “Funk Generation”, vai trazer elementos do Candomblé, e o de “Ahi”, mostrar as escolas de samba.

“No clipe de “Ahi”, não coloquei só a mulher bonita dançando em escola de samba, coloquei a velha guarda, para que as pessoas busquem saber o que é isso e se interessem mais profundamente.”

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