Fora da Globo desde 2021, Tiago Leifert diz não sentir falta alguma de ter patrão, horário e rotina para cumprir. Curtindo a família em tempo integral e se dedicando ao trabalho no YouTube e nas redes sociais, o apresentador está vivendo a rotina dos sonhos.
“Não sinto falta da TV. Aprendi muito, foram muitas coisas legais. Foram muitos anos, 16 anos”, disse, em entrevista à Folha de S.Paulo. A prioridade agora é a filha Lua, de três anos e meio.
“Faço questão de levar e buscar na escola e passar o máximo de tempo possível com ela. Quero vê-la crescer. Agora não tenho mais que estar no Rio de Janeiro no dia seguinte, não tenho que fazer jogo da discórdia na segunda-feira à noite. É muito bom não ter chefe, não ter ninguém me dizendo onde tenho que estar”, comemora.
O apresentador ainda se considera um aprendiz no ramo digital, mas diz que está gostando do novo ambiente de trabalho. O único perigo, ele alerta, é acabar relaxando demais. “O complicado de trabalhar sozinho é que pode dar preguiça, já que você pode se dar ao luxo de não fazer nada”, avalia.
Até mesmo os grandes eventos esportivos estão fora de cogitação para Tiago no momento. “Poderia ir para a Copa América? Poderia. Poderia conversar com alguma emissora, ir para a Eurocopa, Olimpíadas, me oferecer, pedir para fazer alguma coisa? Poderia. Mas não estou muito a fim de ficar um mês fora de casa”, afirma.
Ele recorda com carinho (mas sem tanta saudade) a rotina exaustiva na Globo. “Era muito puxado, porque eu fazia mais de um programa. Acabava o BBB, já emendava The Voice, depois era dezembro e já era hora de selecionar o elenco do novo BBB. Era muito corrido”, conta.
NEM AÍ PARA O CÂNCER
Lua, que no primeiro ano de vida recebeu diagnóstico de retinoblastoma, um tipo de câncer que afeta os olhos, ainda está em tratamento, mas segue sendo uma criança alegre, espontânea e cheia de personalidade, segundo o pai coruja.
“É cedo para podermos comemorar alguma coisa. O câncer é traiçoeiro, é dia após dia”, diz. “Mas a gente tenta dar a ela a vida mais normal possível. Ela vai à escola, tem os amiguinhos. E ignora totalmente o tratamento. Acredito que algumas crianças que passem pelo que ela passou possam ficar retraídas, desconfiadas -e com razão. Mas ela, não. Ela não tá nem aí para o câncer”, conta, orgulhoso.
Lua pode ter puxado a personalidade extrovertida do pai, mas não a paixão pelos esportes. “Ela fala: ‘Papai, futebol é chato!'”, diverte-se Tiago.