O Flamengo chegou a um acordo com a única família que ainda não havia firmado entendimento após o incêndio no Ninho do Urubu. A família de Christian Esmério, um dos 10 jovens vítimas da tragédia em 2019, foi a última a resolver a pendência com o clube. O acordo foi considerado “prioridade máxima” pela atual administração rubro-negra e as conversas para sua resolução começaram no final de janeiro de 2025.
O incêndio, que aconteceu em 8 de fevereiro de 2019, resultou na morte de 10 jogadores das categorias de base do Flamengo. O processo referente à família de Christian estava em andamento na Justiça do Rio de Janeiro. Em fevereiro de 2024, a Justiça determinou que o clube pagasse aproximadamente R$ 3 milhões aos pais de Christian e ao irmão dele. A decisão também incluía o pagamento de uma pensão mensal de R$ 7.000 para os pais e R$ 120 mil para o irmão. Contudo, tanto o clube quanto a família recorreram dessa sentença.
Uma das principais questões levantadas pelos familiares dizia respeito à inclusão dos valores da pensão na folha de pagamento do Flamengo. Eles expressaram desconforto com a ideia de ficarem vinculados ao clube por mais de 25 anos, o que traria, segundo eles, a sensação de reviver mensalmente a tragédia.
Em relação aos outros familiares, a maioria dos acordos foi feita entre o período imediatamente após o incêndio e dezembro de 2021, com o último fechado com Rosana de Souza, mãe de Rykelmo. Os detalhes financeiros desses acordos, no entanto, continuam em sigilo, com valores variando de família para família. Com a resolução do caso de Christian, o Flamengo agora encerra as pendências jurídicas relacionadas ao incêndio no Ninho do Urubu.
@midiafestof
