O cantor Leonardo enfrenta mais um desafio na Justiça. O sertanejo está sendo processado por, pelo menos, 10 clientes da empresa AGX Smart Life, especializada na venda de lotes e casas na cidade de Querência, no Mato Grosso.
O F5 teve acesso aos processos, que incluem ações coletivas. De acordo com os compradores, um dos projetos lançados pela empresa em 2022 está em situação irregular, uma vez que o terreno está envolvido em um processo de reintegração de posse por parte do antigo proprietário. Os clientes afirmam que foram vítimas de um golpe.
Segundo as alegações, as casas e lotes não foram entregues conforme prometido, e a empresa não forneceu qualquer previsão para ressarcimento ou entrega das propriedades. Leonardo, por sua vez, aparece como garoto-propaganda da AGX em publicidades divulgadas nas redes sociais.
Os credores dizem que foram atraídos pelas campanhas publicitárias que associavam o cantor à empresa, o que aumentava a credibilidade das vendas. Em um dos vídeos, Leonardo sugere que seria sócio da AGX, ao dizer: “Alô, galera maravilhosa de Querência, meu Mato Grosso querido. Olha, quer fazer um bom negócio e investir bem o seu dinheiro? AGX e Leonardo! Estamos aqui em Querência com vários empreendimentos. Venha aqui conhecer”, declarou o cantor em 2022, quando esteve na cidade ajudando nas vendas.
Ao todo, cinco ações judiciais estão em andamento, somando R$ 2,9 milhões em indenizações, que incluem danos morais, materiais e a devolução do dinheiro pago pelas casas e lotes não entregues.
Além de Leonardo, a AGX e o empresário Aguinaldo Anacleto, os corretores locais que intermediaram as negociações também são alvo das ações. A prefeitura de Querência, por sua vez, é citada na ação por ter autorizado os negócios.
Em resposta ao F5, a assessoria de imprensa de Leonardo negou que ele seja sócio da AGX, afirmando que o cantor atuou apenas como garoto-propaganda da empresa durante um período e que já tomou as providências necessárias sobre o caso.
Por sua vez, a AGX nega qualquer envolvimento em golpe, alegando que “um pequeno grupo de investidores, incentivado por um advogado que criou uma associação irregular, ingressou com ações judiciais sem embasamento, distorcendo informações sobre o projeto”.
@midiafestof
