O Brasil registrou o primeiro caso de infecção pelo fungo Trichophyton indotineae, uma espécie de dermatófito altamente transmissível e resistente a antifúngicos. O paciente, um homem de 40 anos de Londres, foi atendido em Piracicaba, São Paulo, em agosto de 2024, após viajar por países da Europa e da Ásia, onde o fungo circula. A infecção se manifestou com lesões extensas na pele, que não responderam aos tratamentos tradicionais com terbinafina.
Esse fungo apresenta maior resistência a medicamentos antifúngicos comuns, como a terbinafina, o que torna o tratamento mais desafiador e prolongado. O diagnóstico precoce e a vigilância ativa são fundamentais para evitar a disseminação do fungo, já que, embora o caso no Brasil seja importado, há um alto potencial de disseminação local, como sugerem experiências internacionais.
O Trichophyton indotineae foi descrito pela primeira vez em 2020, na Índia, e, embora não seja fatal, pode causar complicações graves em pessoas com o sistema imunológico comprometido, como em pacientes com HIV não controlado ou em tratamento oncológico. A infecção é transmitida por contato direto com pessoas ou objetos contaminados, e o tratamento requer cuidados especializados e, em muitos casos, exames avançados para identificar o fungo com precisão.
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