A jornalista Wanda Chase, uma figura ícone na mídia e na militância das causas do povo preto, faleceu na madrugada desta quinta-feira (3), após complicações decorrentes de uma cirurgia. Nascida em Manaus, Wanda, carinhosamente chamada de “Wandinha” pelos amigos, era uma presença marcante tanto na TV Bahia quanto em diversos eventos culturais e sociais. Ela foi condecorada como cidadã soteropolitana e estava prestes a receber o título de cidadã baiana, um reconhecimento da sua importância para a Bahia e para o Brasil.
Além de seu trabalho como jornalista, Wanda também se destacou como uma militante das causas negras e da cultura baiana, especialmente na música. Muitos se lembram dela com carinho por seu papel na televisão e na escrita, sendo uma voz respeitada e admirada, que conseguiu equilibrar a seriedade com um toque de leveza nas conversas sobre a Axé Music e a cultura popular. Seu trabalho jornalístico se estendeu além das fronteiras do Brasil, com coberturas de eventos como a Lavage de La Madeleine, em Paris, e a Lavagem de New York.
O jornalista que compartilhou seu depoimento, um amigo de longa data de Wanda, descreve uma parceria única, onde ambos eram conhecidos como “o casal da Axé Music”, marcando presença em diversas edições de festas e eventos de renome. Com ele, Wanda realizou coberturas de Carnavais fora de época, viagens internacionais e, recentemente, esteve em Brasília para um evento histórico sobre o Dia Nacional do Axé, o que demonstra a amplitude de sua contribuição para a música e a cultura.
Sua morte deixa um vazio no jornalismo, na militância e, principalmente, naqueles que conviveram com ela, que a lembram com carinho e admiração por sua dedicação à arte, à cultura negra e à construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
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