A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) anunciou, nesta quarta-feira (16), que abriu investigação sobre a conduta do influenciador digital e advogado João Neto, após a divulgação de vídeos em que ele aparece agredindo sua companheira. As imagens, gravadas no apartamento onde o casal vivia, em Maceió (AL), ganharam ampla repercussão nacional.
João Neto, de 47 anos, atua como advogado criminalista e está atualmente preso preventivamente. Ele nega as acusações.
Segundo comunicado oficial, a seccional da OAB da Bahia – estado de origem do investigado – está atuando em conjunto com a OAB de Alagoas para apurar os fatos. A Ordem destacou que, caso as denúncias sejam confirmadas, o advogado pode perder o registro profissional por inidoneidade moral.
Em nota, a OAB Bahia e seu Tribunal de Ética e Disciplina (TED) reforçaram “o mais veemente repúdio a toda e qualquer forma de violência praticada contra mulheres” e afirmaram que o caso será analisado com rigor, respeitando os princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório.
Leia um trecho da nota divulgada pela OAB:
“A OAB Bahia e seu Tribunal de Ética e Disciplina informam que, embora não comentem procedimentos disciplinares em curso, estabeleceram contato com a OAB Alagoas para obter informações formais sobre o ocorrido. […] Quando tais condutas são atribuídas a advogados ou advogadas, podem ensejar a apuração de inidoneidade moral e, se confirmadas, a exclusão dos quadros da Ordem.”
A Ordem reforçou ainda seu compromisso com a ética profissional e a proteção dos direitos fundamentais, ressaltando que comportamentos incompatíveis com a dignidade da advocacia não serão tolerados.
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