Na madrugada desta sexta-feira (25), o ex-presidente Fernando Collor de Mello foi preso em Maceió (AL) por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão marca um desfecho emblemático, 33 anos após Collor ter sido afastado da Presidência da República em um processo de impeachment que se tornou símbolo da luta contra a corrupção no Brasil.
A prisão foi determinada após Moraes rejeitar um segundo recurso apresentado pela defesa e ordenar o cumprimento imediato da pena: oito anos e dez meses de reclusão, em regime inicial fechado. Collor foi condenado por participação em um esquema de corrupção envolvendo a BR Distribuidora.
De acordo com o jornal O Globo, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, incluiu o caso na pauta de uma sessão virtual do plenário, com início nesta sexta às 11h e término às 23h59. Os demais ministros vão avaliar se mantêm ou não a decisão de Moraes.
Em sua decisão, Moraes ressaltou que o STF já tem permitido o início imediato da execução penal, mesmo antes da publicação do acórdão, especialmente em casos em que os recursos são considerados meramente protelatórios.
Além de Collor, outros condenados no mesmo processo também tiveram penas executadas. Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos deverá cumprir quatro anos e um mês de reclusão em regime semiaberto, enquanto Luís Pereira Duarte Amorim teve penas restritivas de direitos impostas.
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