O deputado estadual Kleber Cristian Escolano de Almeida, conhecido como Binho Galinha, teve sua filiação ao Partido Renovação Democrática (PRD) suspensa nesta terça-feira (14), 11 dias após sua prisão. A medida foi comunicada oficialmente pelo partido.
Binho Galinha é suspeito de comandar uma milícia envolvida em lavagem de dinheiro há mais de dez anos na Bahia. Ele está custodiado em uma Sala de Estado-Maior no Centro de Observação Penal (COP), que integra o Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador. O espaço é reservado a detentos com prerrogativas legais, como parlamentares, e possui estrutura diferenciada das celas comuns.
Segundo o PRD, a suspensão da filiação foi decidida de forma colegiada e será mantida até que o processo contra o deputado seja julgado em definitivo. A partir desta quarta-feira (15), o gabinete parlamentar deverá ser notificado formalmente, e o deputado passará a estar oficialmente “sem partido”.
Prisão e operação policial
A prisão de Binho Galinha foi decretada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e cumprida em 3 de outubro. Antes disso, ele foi considerado foragido por dois dias. A ação faz parte da segunda fase da Operação Anômico, que prendeu, no dia 1º de outubro, a esposa e o filho do parlamentar, além de outras sete pessoas.
Essa não é a primeira vez que Binho Galinha se vê envolvido em ações policiais. Em 2011, antes de assumir qualquer cargo político, ele foi preso durante uma operação contra roubo de veículos.
STF decidiu pela prisão mesmo com foro privilegiado
Embora o deputado tenha foro privilegiado por exercer mandato na Assembleia Legislativa da Bahia, o STF entendeu que o benefício se aplica apenas a crimes cometidos durante o exercício do cargo e relacionados à função pública.
No caso de Binho Galinha, a maioria das condutas investigadas ocorreu antes do mandato ou não possui relação direta com sua atuação parlamentar. Com isso, o Supremo decidiu que o caso deve ser processado na primeira instância da Justiça.
Defesa
Em nota divulgada após a prisão, Binho Galinha afirmou estar colaborando com as autoridades e disse confiar na Justiça. Ele declarou que “todos os fatos serão devidamente esclarecidos ao longo do processo”. Até o momento, o parlamentar não se pronunciou sobre sua suspensão do PRD.
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